A CIDADE E O SERTÃO
Sá de Freitas
Sá de Freitas
Menino eu era, mas me lembro ainda,
Lá do sertão distante em que eu morava...
Onde eu não tinha nada e não faltava,
Aquela paz que torna a vida linda.
Hoje cá na cidade o que me brinda
É a dor cruel que lá não me assolava,
Porque crimes não via e nem sonhava
Pudesse haver, essa barbárie infinda.
O corre-corre aqui me mata aos poucos,
Pois no mundo atual, nesses sufocos,
De ter sossego sinto-me incapaz.
E triste vejo o meu encanto morto,
Porque se eu tinha lá, paz sem conforto;
Aqui tenho conforto, sem ter paz.
Lá do sertão distante em que eu morava...
Onde eu não tinha nada e não faltava,
Aquela paz que torna a vida linda.
Hoje cá na cidade o que me brinda
É a dor cruel que lá não me assolava,
Porque crimes não via e nem sonhava
Pudesse haver, essa barbárie infinda.
O corre-corre aqui me mata aos poucos,
Pois no mundo atual, nesses sufocos,
De ter sossego sinto-me incapaz.
E triste vejo o meu encanto morto,
Porque se eu tinha lá, paz sem conforto;
Aqui tenho conforto, sem ter paz.
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil
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