domingo, 31 de outubro de 2010




 
 PARA QUE SERVEM AS DORES?


 
 

No mundo o ser humano em meio as lutas,
Faz crescer e evoluir seu Ente eterno,
Como as plantas que sofrem sob o Inverno,
Depois brotam e florescem mais robustas.

Mas nossa alma apenas cresce às custas,
Da força que nos traz o amor fraterno,
Do nosso proceder cristão e terno,
Ante as pessoas que nos são injustas.

A dor por mais intensa que nos seja,
É mestra a preparas-nos à peleja,
Que a vida nos impõe pro nosso bem.

E através dela é que nós aprendemos
A humildade e vamos entendo,
Que ninguém é melhor do que ninguém.

 


=
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil


http://www.youtube.com/watch?v=e9cno71jklc




















sábado, 30 de outubro de 2010

CAMINHO NESSE RUMO
(Publicado na Era do Espírito)
(Ciranda)
(Meus respeitos às demais crenças)
Caminho em direção ao aprendizado,
Em busca de maior entendimento,
Do porquê vivo aqui em sofrimento,
Em resgate de erros do passado.
E assim eu creio, mais conscientizado,
Na Bondade de Deus, no seu intento,
De mandar-me de lá do Firmamento,
À este mundo tão atormentado.
Pois Ele sabe que as lições do mundo,
Que são amargas e nos ferem a fundo,
O ser, o coração, sem piedade...
São necessárias para que, um dia,
Transformem-se em paz, em alegria,
E nos concedam plena liberdade. 
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=RLSP_GvaErM


O nosso dia-a-dia



O NOSSO DIA A DIA 

Sá de Freitas
 
 
 
Desejo um amanhã bem diferente,
Deste meu hoje em dores sufocado,
Para que eu venha a ser agraciado,
Com um dia bem menos contundente.
 
Mas de imediato...Muito de repente,
Pensando nisso, bem mais concentrado,
Sei que não pode o dia ser mudado,
Porque a mudança encontra-se na gente. 
 
Nosso íntimo sim, é que nos traz,
Prantos, sorrisos, inquietações ou paz,
Não o dia que é um dia simplesmente.
 
Pois o" hoje" do ontem é o produto,
E o "amanhã" também  será o fruto,
Do que vamos plantando no presente.
 
 
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BAILE DOS FANTASMAS


BAILE DOS FANTASMAS



Minha mente, qual velho telhado,
Goteja lembranças,
No salão da saudade,
Onde há um baile,
Promovido pelos fantasmas
Do passado.

Esses espectros
Dançam, cantam e riem,
Como se eu, o dono do salão,
Não estivesse ali.
O conjunto não toca:
Chora uma canção
De amores perdidos,
Um tango de sonhos mortos,
Um samba de alegria já inexistente,
Um Axé de correrias pela vida
E um Gospel de esperança
Que ainda não morreu.

Os fantasmas se vão, por fim,
Mas o baile não termina para mim,
Porque, no salão vazio,
Ainda escuto o Conjunto,
Executando a música do meu pranto,
Enquanto eu danço
Com o fantasma da tua ausência.

 

Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

http://www.youtube.com/watch?v=47oVO1CjYIU

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Certeza de vitória na vida!


CERTEZA DE VITÓRIA NA VIDA!

Sá de Freitas



Estás andando trôpego, cansado,
Desanimado, pela vida afora,
Sentindo que a esperança foi embora
E que foste esquecido e abandonado?

Te vês, por todos, sendo ignorado,
A ingratidão aos pouco te devora,
O socorro, pedido aos Céus, demora,
E nem parentes mais tens ao teu lado?

Senta-te um pouco às margens da estrada,
Busca o socorro no poder da prece,
Que sentirás a força renovada.

Levanta-te depois! Segue animado!
E afeito à fé que a tua alma aquece,
Verás que a sós não estás... Tens Deus ao lado.


Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil



http://www.youtube.com/watch?v=pID5PbiuYG8

sábado, 23 de outubro de 2010

Lendo o meu livro


LENDO O MEU LIVRO
 
A folhear o livro das lembranças,
Retirado da Estante da saudade,
Fui lendo o que escrevi pelas andanças
Que fiz, desde o iniciar da mocidade.
E quanto mais o lia, na verdade,
Seus textos me feriam como lanças,
Porque traziam em si muitas cobranças,
Por minhas omissões na caridade.
Terminada a leitura fui notando,
Que as horas continuam se escoando,
E pouco é o tempo e muita há o que fazer.
Então passei a amar mais meus amigos,
Perdoando e esquecendo os inimigos,
Socorrendo os que posso socorrer.
 
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rastros de Poeta


RASTROS DE POETA



Deixa o poeta rastros de esperança,
Na  areia branca do lirismo... E sente,
Que vai andando calmo, qual criança,
A rir  feliz e a versejar contente.
É longa, do poeta, a caminhada,
Pela praia sem fim do sonho infindo,
Quando, ele amando, enxerga tudo lindo,
Onde de lindo, às vezes, não tem nada.
Deixa em seus rastros paz, deixa beleza;
Deixa os encantos mil da Natureza;
Deixa alegria em meio da desgraça.
Mas ao poeta mesmo o importante,
É gravados deixar, a cada instante,
Os seus rastros de amor por onde passa.


Samuel Freitas de Oliveira
                      
Avaré-SP-Brasil












sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Os asteróides


 OS ASTEROIDES


Dois Asteroides: O ontem e o hoje...
Colidem--se, todos os dias, com o Planeta da minha mente
E espalham seus fragmentos de lembranças
Pelo meu coração, formando crateras de saudade.

Num estrondo medonho,
Despertam-me à realidade deste momento,
E fazem-me compreender que ainda vivo,
Que ainda amo, que ainda sofro
E que, a cada segundo, estou me envelhecendo.

E aí, o que faço?
Sorrio para a vida para que a vida não me faça chorar,
Canto para não ouvir os lamentos da alma,
Escrevo incessantemente
Para não sentir a passagem do tempo,
Continuo andando para não atrofiar o meu futuro,
Perdoo sempre a fim de não carregar mágoas
E procuro me corrigir,
Evitando ser corrigido pelo destino.

Sou perfeito? Nossa!
Que pretensão!
Sou maior que os outros?
Ah! Isso eu sei que sou:
Sou maior no errar,
Maior na ignorância,
Maior nas fraquezas,
E maior "no nada ser".

Que se dane o choque dos Asteroides!
Meu abrigo subterrâneo,
Que se chama realidade,
Me protegerá dos fragmentos da saudade
E me livrará do contágio do que se foi,
Porque antes eu pertencia ao passado e lá não poderei voltar,
Mas agora o Presente me pertence e nele posso e devo viver.


Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil


http://www.youtube.com/watch?v=Ys0hBEEM2Lo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Não te antessipes ao mal


 NÃO TE ANTISSIPES AO MAL



Se estás com o coração triste e agitado,
Porque prevês angústia em tua vida;
Se sofres por um mal imaginado,
Do qual supões que não terás saída;

Se vives quase sempre preocupado,
Com a doença ainda não surgida;
Se à um problema, ainda não chegado,
Dás, na tua mente, mórbida guarida...

Não penses no que ainda não te veio,
Nem suponhas que possa vir um dia,
Algo capaz de te causar anseio.

Pensa no bem, que o bem a ti virá!
Afasta-te do mal que a mente cria,
Que o mal de ti também se afastará

 
Samuel Freitas de oliveira
Avaré-AP-Brasil


 

http://www.youtube.com/watch?v=HHfnlEw0zHU&feature=related














domingo, 10 de outubro de 2010

Olhe a semente que seu verbo espalha



OLHE A SEMENTE QUE SEU VERBO ESPALHA
(Dia da Criança -12-10-2010)
Sá de Freitas
Olhe a semente que seu verbo espalha,
Na gleba imensa de uma virgem mente!
A terra é fértil, a plantação não falha,
Tudo germina e cresce de repente.


Nosso amor às crianças lhes entalha,
No caráter a bondade, lentamente;
Nosso labor lhes mostra claramente
Que só vive com honra quem trabalha.

 ..
Vamos conscientizá-las desde de cedo,
De que devem ir à luta sem ter medo,
Mas com garra, esperança e honestidade,


Para que sejam honradas criaturas,
Que só nos tragam paz, tragam venturas,
E não nos façam lastimar mais tarde.
 Midi = Eu te Amo
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil


http://www.youtube.com/watch?v=eN1y8awarGE

sábado, 9 de outubro de 2010

Réplicas de Umbrais

RÉPLICAS DE UMBRAIS
 
 
 
Respiro o pó do ontem e, assustado, me transpiro,
Ao ver tal pó se acumulando no hoje,
No qual germinam plantas do "retorno",
Cheias de acúleos.
 
Vejo paredes sem portas de saída,
Janelas com vidros inquebráveis,
Espaço exíguo e ignífero,
Com icubos horrendos me cercando,
Num implexo vai e vem que me confunde,
Em réplicas de Umbrais na consciência.
 
Tudo é o ontem devorando o hoje,
Ingluvioso, ininterrupto e impiedoso,
Fazendo seu repasto em minha mesa de alegria,
Bebendo o meu vinho de sossego
E servindo-me a sobremesa da saudade,
Num doce acre, salpicado de lembranças.
 
Tudo chega, agora, quase no final da estrada,
Envolvido pelo pó ácido das falhas cometidas...
Pó que meus passos levantaram,
Hoje soprado pelo vento do remorso,
A formar densa poeira de arrependimento.
 
Daí, onde estás, Dante Alighieri, descreve essas réplicas de Umbrais,
Que meus atos criaram,
E mande ao mundo,
A "não Divina Comédia"
Inspirada neste poeta,
Que faz versos tentando se redimir,
Sem, contudo, pretender ser santo
Para não deixar de viver toda a intensidade do amor.
 
 
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil