terça-feira, 6 de dezembro de 2011

INFINTAMENTE LINDO - SÁ DE FREITAS‏


                                                                           

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CANTE SEMPRE- SÁ DE FREITAS‏

                                                                                            

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ATENDENDO PEDIDOS REENVIO- - EU E MEU AVÔ NO SERTÃO- SÁ DE FREITAS‏

                                                             
EU E O MEU AVÔ NO SERTÃO

Sá de Freitas

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                  Meu avô ( pequeno eu era, mas lembro-me ainda) possuía vasta cultura, pois um ano faltava para ordenar-se Padre e abandonou
            tudo  para emprenhar-se pelo sertão, a fim de cuidar da grande Gleba de terra que herdara, com a morte dos pais. Com ele passei um bom tempo da infância, época em que aprendi bastante sobre o sertão bruto, o que me fez um homem, até certo ponto, rústico. Devo a ele o amor pela Natureza que até hoje  cultivo lidando no meu pedacinho de terra e, além disso, muitas lições importantes deu-me ele, as quais sempre me ajudaram  nas lutas, ao longo da vida.
                Certo dia caminhávamos por um trilha feita pelos próprios animais selvagens, principalmente pelos caititus e queixadas que vagavam em bandos por aqueles lados. Para quem não sabe, caititus, ou catetos, e queixadas são espécies de porcos selvagens, sendo que as queixadas nos  impõem mais temor por serem  extremamente agressivas e levam esse nome porque, quando zangadas, batem fortemente suas mandíbulas, provocando ruídos que podem ser ouvidos a certa distância.
                Subitamente meu avô parou, colocou-me no galho baixo de uma grande árvore ordenando-me que subisse e em seguida fez o mesmo, colocando-me em seu colo num gesto protetor.
            Curioso como sempre, perguntei-lhe:
            ---- Que é isso, vô?
            ---- São queixadas. Animais perigosos. Fique em silêncio.-- Pediu-me a sussurrar.
           Em pouco tempo passava aquele bando fazendo ruídos  assustadores a destruir grande parte da vegetação, às margens da trilha. Meu coração provavelmente acelerou bastante, pois me recordo de ter me agarrado ao galho em minha frente com todas as forças. Esses animais, como os porcos, não levantam a cabeça e por isso não nos viram embora devam ter sentido o nosso cheiro. Por quanto tempo ali ficamos não sei, mas  passado o perigo, descemos. Olhei para a trilha pela qual iríamos continuar e exclamei:
             ---- Nossa vô! Limparam o caminho para nós e deixaram ele mais largo.
                   Olhando-me fixamente com os seus olhos verdes, começou a filosofar, como sempre fazia, em linguagem acessível ao meu entendimento. Claro que não me lembro exatamente quais foram as suas palavras, mas o que ele quis dizer, sim.
            ---- Escute bem, meu neto. Vamos fazer de conta que a nossa vida seja essa selva: Às vezes estamos caminhando por ela despreocupadamente e, de repente, surge algo que não esperávamos, como, por exemplo, um acontecimento desagradável, uma doença em nós ou na família, uma desavença qualquer, uma tristeza por alguém que morreu ou por um amigo que nos abandonou, quando não é um perigo parecido com esse pelo qual passamos. Por isso, precisamos estar sempre atentos.
            --- O que quer dizer “atentos?” – interrompi-o.
            --- Quer dizer que precisamos ser cuidadosos ou muito atenciosos. Mas agora, deixe-me continuar.—Pediu-me um tanto sisudo.-- Quando aparecer qualquer coisa dessas em sua vida, não perca a calma. Procure a árvore da fé e suba o mais alto que puder nela, para chegar mais perto de Deus. Deixe as queixadas, que são os maus momentos e as pessoas maldosas, passarem sem chamar a atenção delas com lamentos, gritos de revolta ou xingos. Tudo o que é mal pode ser repelido ou atraído. Depende da nossa crença em Deus e em nós mesmos, da nossa paciência, da nossa sabedoria para fugirmos da descrença. Ás vezes o mal pode nos atingir sim, mas não nos devorará. Caso tivéssemos caído da árvore, seríamos vencidos e estraçalhados pelas queixadas. Entendeu?
            ---- Entendi.—Confirmei já caminhando ao seu lado.
                 É evidente que não entendi, como passei a entender depois, a essência de suas palavras.
            ---- Pois é. – Continuou ele. – Você viu que depois que os animais passaram a nossa trilha ficou mais limpa e mais larga para caminharmos. Não é verdade?
            --- Sim senhor.
            --- Mas... Para aonde estamos indo? – Inquiriu-me de repente.
            --- Vamos para a casa do Tio Antonio.
            --- Então. Saímos de casa para irmos para lá e lá é o nosso objetivo, quero dizer, o que queremos fazer. Não é?
             --- Sim senhor.
             --- Do mesmo jeito você terá em sua vida muitos objetivos para atingir e, para isso, você precisa fazer o mesmo que foi feito aqui, porque muitas queixadas irão barrar o seu caminho. Quando isso acontecer, suba na árvore da fé, como já lhe disse, agarre-se mentalmente em Deus, como você fez naquele galho, deixa tudo passar e encontrará o caminho melhor , para seguir adiante.
            --- Essa árvore da fé é grandona, vô?
            Olhou-me sério, mas não conseguiu conter a gargalhada.
            --- Vou explicar para você o que é a árvore da fé -- Coçou o bigode e prosseguiu-:
           Você confia em mim?
            --- Confio.
            --- Essa confiança chama-se fé, mas nós estamos falando da fé em Deus e quanto mais forte for a nossa fé, mais alto conseguiremos subir na árvore dessa confiança em direção ao Poder Maior e agarrarmos em seus galhos com firmeza para não cairmos. Sei que você agora não está entendendo muito do que estou lhe falando. Mas um dia entenderá. Deixe as Queixadas da vida passarem, volte à estrada e prossiga, sempre confiante.
                 Tagarelando prosseguimos até à casa do meu tio. Fui brincar com o meu primo, deixando pai e filho com os seus assuntos de adulto.
                              Desde então, tenho posto em prática esses  conselhos e as queixadas que cruzam o meu caminho não conseguem  me derrubar da árvore da fé e pouco menos me devorarem o ânimo.
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Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

BRIGAS - SÁ DE FREITAS‏

                                                                               

domingo, 13 de novembro de 2011

É TOLICE SOFRER- SÁ DE FREITAS‏

                                                                             

AILA E SÁ DE FREITAS!!!!!P... A Lua e o Sol - Sá de Freitas .


A Lua e o Sol

Sá de Freitas

 

"Fazes pouco de mim, sol" - Diz a lua.

 - Escondes-te de mim quando apareço,

Será que nem de ti um olhar mereço,

Eu que há milênios sonho em ser só tua?

***

 O sol noutro hemisfério, com amargura,

Escuta sua amada, mas opresso

Responde: "Meu amor, desapareço,

Por ser fadado a triste desventura:

***

 De  nunca me encontrar com quem almejo,

 Quem és tu ó lua, que nem mesmo vejo,

No início de um eclipse ou depois.

***

Mas te conformes, pois na terra moram,

Pessoas que se amam e que se adoram,

E tem a mesma sina de nós dois".

terça-feira, 8 de novembro de 2011

COISA DA ADOLESCÊNCIA - SÁ DE FREITAS =

                                                                             

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

NÃO QUERO ENTENDER O AMOR- SÁ DE FREITAS‏

                                                                                  

AMARGA LIÇÃO = SÁ DE FREITAS‏


                                                                             

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CONFESSO QUE ENCOMEDEI A MORTE DE ALGUÉM,NÃO FUI AO VELÓRIO E AINDA FESTEJEI SEU FIM -- SÁ DE FREITAS‏

  Muitos poderão me condenar por  confessar ter festejado a morte de alguém, após mandar matá-lo. Contudo, creio que após contar minha desdita não me censurarão. Era ele um cara insuportável, teimoso insistente e mau, que vivia a me perturbar,  tomando posse da minha vontade e da minha maneira de agir, por mais que eu reagisse. Sempre procurou estar perto de mim, desde  a minha adolescência. Toda vez que o sentia se me  aproximando, meu coração disparava, a adrenalina se agitava, a minha alma doía, espécie de tempestade desabava, conturbando-me o íntimo, além de me aconselhar à prática de atos não condizentes  com o bem. Muitas vezes, dominado pela sua vontade, cometi erros que, por pouco não mudaram a minha vida para pior.
     Difícil é descrevê-lo, por ter sido algo monstruoso, medonho, infecto, nauseante, poderoso e quase invencível em sua maldade. Era um câncer, cujas metástases se espalhavam e se fortaleciam cada vez mais. Não dominava somente a mim, pois tentava apoderar-se de todos sem cerimônia. Os mais fortes ignoravam-no, outros se deixavam dominar e outros ainda, travavam com ele terríveis batalhas a fim de o eliminar, mas nada conseguiam. Era tão maléfico e tão convincente, que muitas pessoas morriam nas mãos de seus seguidores. Eu, graças a Deus, nunca cheguei a tanto, a não ser quando mandei alguém acabar com ele.
     Já estava  cansado e resolvi  lutar pela minha liberdade, disposto  a tudo. Precisava matá-lo a qualquer custo. Entretanto, sentia-me impotente diante da sua força e  agilidade . Resolvi procurar alguém que muitos diziam ser assassino eficaz de todos que praticavam  o mal e pedi-lhe ajuda, contratando-o para eliminá-lo. De pronto veio em meu socorro, mas impôs-me a condição de ser ele o dominador da minha vida, o que aceitei sem relutância, por ter alguém me garantido que se tratava de um personagem que somente dava, a quem o aceitasse, bons conselhos. Sábio, seguro e mais poderoso do que o  miserável que me perseguia, começou a grande peleja. Aos poucos foi ganhando terreno, enquanto a tudo eu assistia, procurando fazer a minha parte com os parcos recursos que possuía. Por fim, o velho dominador caiu vencido, estrebuchou-se agonizante e, deu seu último suspiro. Ninguém mais estava ali para destemunhar o assassinato sem ser eu e o contratado.  Depois disso pude, então, encontrar um novo rumo sem  pedir perdão a Deus e sem sentir remorso algum pelo que mandei fazer.
      Não fui ao velório e festejei sua morte sim e, embora sabendo que as suas raízes ainda se estendiam de maneira assustadora por todos os cantos e recantos, resolvi comemorar o aniversário da sua partida, escrevendo-lhe inclusive um epitáfio com os seguintes dizeres:

sábado, 29 de outubro de 2011

PERDOAR SEMPRE -SÁ DE FREITAS‏

                                                                             

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ALÉM DO NOSSO ALCANCE - SÁ DE FREITAS‏

                                                                        

NÃO PARES DE ME OLHAR = SÁ DE FREITAS‏

                                                                                 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SUA HISTÓRIA SUFOCADA - SÁ DE FREITAS‏

                                                                        
                                                                    

POBRE MORTAL COMO EU‏

                                                                            

O POETA É ASSIM- PARA O DIA DO POETA= SÁ DE FREITAS‏

                                                                      

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

OS TRÊS SEGREDOS= SÁ DE FREITAS‏

                                                                      

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SER FAMOSO? = SÁ DE FREITAS‏

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Escrevo porque gosto...Então não quero,
Nem pensar em ser grande no que faço,
Nem me importo com êxito ou fracasso,
E nem laurel algum do mundo espero.
 
Mesmo sendo comigo bem severo,
Quando meus versos, com humildade, traço,
Nenhuma idéia pretenciosa abraço,
De ser igual Bilac* ou igual Antero*.
 
Querer ser o melhor por que, se a vida
Nada mais é que um ponto de partida,
Para um lugar distante e misterioso?
 
Se não amo na Terra, nem bem faço,
Que diferença me fará no Espaço,
Se fui ou  não, aqui, alguém famoso?
 
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Samuel Freitas de Oliveira
Avaré- SP-Brasil
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Esclarecendo a outros Países
.....
*-Olavo Bilac -Brasil
*-Antero de Quental -Portugal
 
 

SE TUDO ISSO - ACONTECER = SÁ DE FREITAS‏