terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Brindes



BRINDES 
 

Qual pássaro voo eu, junto com as horas, 
Pelo desconhecido Espaço deste mundo, 
Mas caminho bem firme e cauteloso, 
Pela ignota estrada da existência, 
Mesmo levando o fardo das mazelas,
Que as fraquezas puseram em minhas costas.

E a cada passo que dou, sinto o compasso,
Da melodia da fé, em cada luta, 
E ponho pausa na canção da espera,
Para aguardar a semente germinar.

Meu coração esbanja só esperança, 
 Transbordar-se minha taça de certeza, 
Num brinde à derrota da derrota, 
Num viva ao féretro do desânimo, 
Comemorando à extrema-unção da vil tristeza, 
E a festejar, do desengano, o enterro.

Por aqui não vou passar, qual passa a sombra,
Nem lamentar impactos de açoites,
Nem reclamar de amores que morreram
E nem viver quem vive por viver.
Deixarei o meu riso de poeta,
O meu canto de paz e de esperança,
Aos que não sabem inda fazer da dor,
Uma lição para que errem menos.

Brindo o amor, antes que o ódio chegue; 
Brindo o sorriso, antes que venha o pranto; 
Brindo a existência, antes que a morte surja
Para brindar-me.

 
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil 

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