BRINDES
Qual pássaro voo eu, junto com as horas,
Pelo desconhecido Espaço deste mundo,
Mas caminho bem firme e cauteloso,
Pela ignota estrada da existência,
Mesmo levando o fardo das mazelas,
Que as fraquezas puseram em minhas costas.
E a cada passo que dou, sinto o compasso,
Da melodia da fé, em cada luta,
E ponho pausa na canção da espera,
Para aguardar a semente germinar.
Meu coração esbanja só esperança,
Transbordar-se minha taça de certeza,
Num brinde à derrota da derrota,
Num viva ao féretro do desânimo,
Comemorando à extrema-unção da vil tristeza,
E a festejar, do desengano, o enterro.
Meu coração esbanja só esperança,
Transbordar-se minha taça de certeza,
Num brinde à derrota da derrota,
Num viva ao féretro do desânimo,
Comemorando à extrema-unção da vil tristeza,
E a festejar, do desengano, o enterro.
Por aqui não vou passar, qual passa a sombra,
Nem lamentar impactos de açoites,
Nem reclamar de amores que morreram
E nem viver quem vive por viver.
Deixarei o meu riso de poeta,
O meu canto de paz e de esperança,
Aos que não sabem inda fazer da dor,
Uma lição para que errem menos.
Brindo o amor, antes que o ódio chegue;
Brindo o sorriso, antes que venha o pranto;
Brindo a existência, antes que a morte surja
Para brindar-me.
Brindo o sorriso, antes que venha o pranto;
Brindo a existência, antes que a morte surja
Para brindar-me.
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil
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