Às margens, cheias de melancolia,
Do lago desta vida, a sós me sento,
Para pescar momento por momento,
Que ocorreram no meu dia a dia.
Mas minh'alma se faz meio arredia,
Ao ver-se presa às coisas que acalento,
Desde a infância...E cheia de lamento,
Recusou-se a compor esta poesia.
Contudo, à sua dor me fiz alheio,
Pois nesse lago não há nada feio,
No que deixei nas múltiplas andanças.
E o coração então, sem ansiedade,
Transforma a mente em isca de saudade,
E vai fisgando... só doces lembranças.
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