(Nesse texto o leitor não encontrará a presença da consoante "Q")
O mal revela-se em todos os atos menos dignos, praticados contra a Natureza, contra os seres, ditos inferiores, e contra os nossos semelhantes. Contudo, ele não se apresenta tão somente nos atos, mas nas palavras e no pensamento também. Os cultivadores dessa mazela mental, nem idéia fazem da extensão alcançada por suas vibrações negativas, capazes de atingir o alvo de forma direta e desastrosa, se a pessoa não estiver preparada para se defender. Entretanto, bom é saberem também a respeito do retorno, muitas vezes potencializado e multiplicado, contra si mesmos.
Todavia, não há razão para temermos o mal, no sentido de o recebermos, se estivermos com Deus, mas sim, no de o praticarmos, para não nos afastarmos do Criador.
Essa nossa temerosidade não deve existir, haja vista não possuir ele nada de grandeza. Ao contrário: é oco de nobreza e vazio de essência digna de ser considerada. É efêmero em sua atuação - se repelido- e refalsado no seu domínio, se tivermos o coração voltado à luz da caridade, da benevolência, da mansuetude e do perdão. Os não praticantes do mal premeditado, não conseguem compreender a razão de alguns o cultivarem, por ser ele tão horripilante e nauseativo até. Não passa ele de um verme imundo, a surgir do lixo pútrido da insensibilidade, para chafurdar-se na lama dos sentimentos mortos e no lodo dos caráteres apodrecidos, nutrindo-se da anemia espiritual de seus praticantes. Todos nós, evidentemente, praticamos o mal por sermos falhos e frágeis. Preciso é considerarmos porém, como já demos a entender, se o praticamos de maneira premeditada ou inconsciente. No primeiro caso é demonstração de maldade latente, por nós cultivada, e no segundo é um ato relevante, por ainda sermos criaturas embrionárias na escala evolutiva.
Praticar o mal não é somente roubar, matar, estuprar, traficar, etc.etc. É também odiar, explorar, tapear, caluniar e prestar falsos testemunhos. É, enfim, contribuir para a ruína do semelhante, de uma forma ou de outra.
Essas míseras criaturas, afeitas à sua prática deliberada, apenas possuem forma humana, mas de humanas nada tem. O coração delas é podre, o sentimento é ignóbil, a mente é doentia e seus pensamentos são fezes do sadismo. São seres meduseus, mefistófilicos e metíficos, totalmente despidos de escrúpulos. Cultivam a inimizade com a decência e saem de braço dado com a indecência; combatem, com seus atos, a dignidade cristã, tornando-se, por isso, " particips criminis" de toda a vilania possível.
Devemos evitar tais pessoas? Sem dúvida! Odiá-las? Não!!! O ódio nos colocaria em igualdade a elas e tomaria o lugar do amor em nosso coração.
Mas se o mal existe, preciso é combatê-lo. Urge a formação de um poderoso exército armado de confiança em Deus, de amor ao próximo, de perdão incondicional, em cujas fileiras não sejam permitidos o orgulho, o egoísmo, a usura, a inveja e a eleição de Jesus como absoluto Comandante, faz-se imprescindível em nosso ser. Caso contrário, com a nossa participação, essa mancha maligna continuará agigantando-se entre a humanidade e alastrando-se como metástases de um tumor pernicioso, sem nenhuma chance de metassíncrise.
Mas e o BEM? Como o definirmos? Na verdade, o bem já é o próprio Deus e, portanto, está definido e não há necessidade de falarmos nada a seu respeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário