Lembras que há tempo já, eu disse um dia:
"Que pusesses alguém em teu caminho;
Que d'alma o alimento era o carinho;
Que sem amor, feliz ninguém vivia?"
Porém me respondias friamente:
"Não quero alimentar tal pensamento,
Para sentir-me livre quanto o vento,
Que chega... Sopra e vai-se de repente".
E hoje ao ver-te à só, passar na rua,
Com a face gasta e de alegria nua,
Sem mais aquele brilho de beleza...
Compreendo bem quanto eu estava certo,
Pois enquanto, no amor, sigo liberto,
Tu, sem amor, na solidão vais presa.
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil
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