segunda-feira, 16 de maio de 2011

PERDESTE A LIBERDADE

 
Lembras que há tempo já, eu disse um dia:
"Que pusesses  alguém em teu caminho;
Que d'alma o alimento era o carinho;
Que sem amor, feliz ninguém vivia?"

Porém me respondias friamente:
"Não quero alimentar tal pensamento,
Para  sentir-me livre quanto o  vento,
Que chega... Sopra e vai-se de repente".

E hoje ao ver-te à só, passar na rua,
Com a face gasta e de alegria nua,
Sem mais aquele brilho de beleza...

Compreendo bem quanto eu estava certo,
Pois enquanto, no amor, sigo liberto,
Tu, sem amor, na solidão vais presa.
Samuel Freitas de Oliveira
Avaré-SP-Brasil

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